Vermelhas, brancas, pardas, pretas, amarelas. De todas as cores, de todas as crenças, de todas profissões, de todos lugares, as mulheres querem ser reconhecidas na sua condição humana e ter direitos assegurados. O conturbado e também prodigioso século 20 foi curto para que as mulheres conquistassem a equidade de gênero. E o nascente século 21 trouxe novas conquistas, mas também retrocessos pelo mundo afora.
As mulheres brasileiras, felizmente, têm uma grande conquista a comemorar neste mês da mulher. Uma nova lei federal tornou crime hediondo o assassinato de mulheres por questão de gênero, aumentando a pena para os assassinos. É mais um passo na longa caminhada do combate à violência contra mulheres e meninas.
Porém, as mulheres brasileiras precisam continuar a luta em busca da equidade de gênero. Independentemente da classe social, elas continuam a ser diminuídas e desrespeitadas, quando não coisificadas. Para as mulheres pertencentes à classe trabalhadora ainda há a exploração diferenciada.
Por isso, as trabalhadoras devem continuar a exigir igualdade de condições de trabalho e remuneração equitativa, além de igualdade de oportunidades nas diferentes carreiras e de direitos à formação e desenvolvimento profissional.
As mulheres jornalistas, além da luta por seus direitos de trabalhadora, têm ainda o compromisso profissional e ético de melhorar a abordagem dos assuntos de gênero nos meios jornalísticos e de dar voz às mulheres.
No Brasil, as mulheres jornalistas já são 64% da categoria. A maioria de mulheres, entretanto, ainda não produziu uma nova abordagem jornalística, na qual a contribuição das mulheres para a diversidade de opiniões seja assegurada. Isto porque as mulheres são maioria, mas não ascendem aos postos de comando. Os homens continuam sendo maioria nos cargos de chefia e continuam a comandar o Jornalismo brasileiro.
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) acredita que o Jornalismo e os jornalistas, mulheres e homens, têm um importante papel na luta cotidiana pela equidade de gênero. Por isso, no Dia Internacional da Mulher chama a categoria à responsabilidade, ao mesmo tempo em que parabeniza as jornalistas que cotidianamente lutam pela igualdade.