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Os 40 anos da turma “Diretas Já!” de jornalismo da UFSC

Na foto, de Sérgio Vignes, o professor César Valente e os formandos Giba, Isabela, Deba, Cachoeira, Zeca, Ivan e Sérgio Murillo

Ah… aquela turma de Jornalistas!

O ano era 1984. O dia, 31 de março. E o evento, uma formatura de 12 jovens que compunham parte do grupo de graduados e graduadas em Jornalismo pela UFSC, na segunda turma do Curso, fundado em 1979. Se visto com olhares de hoje, pouco naquele evento se assemelha às simbólicas Sessões de Colação de Grau que conhecemos…

A começar pelo espaço, o Teatro da Igrejinha da UFSC; e também pelo nome da Turma: “Diretas Já”, pelas homenagens: ao MOS – Movimento de Oposição Sindical – dos Jornalistas de SC, ao Centro Acadêmico, ao Comitê Pró-Diretas de SC, e, claro, a cinco dos professores da época.

Para quem testemunhou aquele evento tudo era inspiração…

Vivíamos os estertores da ditadura mas ainda pairava a sombra da truculência, da censura, da tortura, da inexistente democracia. Alguns anos antes, Florianópolis tinha anunciado ao mundo que a Ditadura de Figueiredo e os presidentes generais que o antecederam, iria chegar ao fim. A Novembrada, a qual alguns daqueles formandos(as) presenciaram como estudantes, deu o recado.

Estávamos também na expectativa – pra não dizer esperança – de que o Congresso aprovasse a emenda Dante de Oliveira, que restabeleceria as eleições diretas para presidente da República. E o Jornalismo em Santa Catarina exigia um Sindicato forte, combativo, alinhado com o ambiente de transformações políticas, sociais, institucionais que se avizinhava…

E aquela turma – ah, aquela turma – sintetizava tudo isso!

Jovens de coragem, ousados(as), alunos e alunas de grandes professores e professoras. Que também representavam o momento de transformações. E, claro, de enfrentamento. As diretas não passaram naquele ano. E o MOS precisou de mais algum tempo para assumir o Sindicato. Mas a inspiração para o que viria, se revelava naquela formatura.

Passados 40 anos, aqueles jovens assumiram posições profissionais e sindicais que consolidaram os desejos e projetos juvenis. Construíram um Sindicato forte, foram protagonistas na FENAJ, nas lutas pela democratização da Comunicação, nas disputas políticas em diferentes campos, e alguns voltaram à UFSC como docentes, inspirando mais e mais jovens a seguir aqueles princípios de 1984.

Foi a turma da resistência, do embate, do debate consistente, da atuação política e politizada, da inspiração. Viu o ocaso da Ditadura, viveu a redemocratização, superou o jogo sujo da extrema direita nos anos do inominável e vê o raiar da Democracia, com a mesma disposição para ser e dar exemplos.

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