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Ato em apoio à Schirlei Alves é marcado pela presença de representantes de movimentos sociais, parlamentares e sindicalistas

O ato em apoio à jornalista Schirlei Alves, vítima de assédio judicial por reportagem que revelou o constrangimento e a violência sofridos pela influenciadora Mariana Ferrer, foi marcado pela manifestação solidária e a presença de jornalistas, professores de jornalismo, estudantes, movimentos feministas, lideranças sindicais, representantes de movimentos sociais e parlamentares.

Durante o ato, o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina (SJSC) lançou oficialmente o Manifesto em solidariedade à Schirlei Alves e contra o assédio judicial a jornalistas, que já foi assinado por mais de 60 organizações e entidades.

Para assinar o manifesto clique aqui.

O ato ocorreu no auditório do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na manhã da quinta-feira, dia 30 de novembro. O pró-reitor de pesquisa da UFSC, Jacques Mick, marcou a posição da instituição em apoio à jornalista.

Mais de 20 representantes de entidades fizeram o uso da palavra para manifestar sua indignação e preocupação diante da sentença de um ano de prisão em regime aberto e ao pagamento de uma indenização de R$ 400 mil proferida contra a jornalista. A decisão é em primeira instância e ainda cabe recurso.

O diretor da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murilo, reforçou a importância de resistir às diversas iniciativas de assédio à nossa profissão e informou que o caso foi denunciado ao Observatório Nacional de Combate à Violência Contra Jornalistas, do Ministério da Justiça, e à Procuradoria Federal de Defesa do Cidadão.

Schirlei também comentou sobre como tem sido a jornada das ações judiciais, o que foi considerado pelas lideranças presentes mais uma violência de gênero exercida pelo poder judiciário de Santa Catarina.

A diretora executiva do Portal Catarinas, Paula Guimarães, destacou que a reportagem sobre o caso Mariana Ferrer, publicada por Schirlei Alves, levou a sociedade a reagir, uma vez que o Congresso Nacional aprovou a Lei Mariana Ferrer, que protege vítimas de violência em audiências.

Paula mencionou ainda que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) implementou um protocolo para julgamento com perspectiva de gênero, visando coibir atos que atentam contra a dignidade da vítima e estabelecer uma abordagem mais justa e igualitária nos processos judiciais.

“É preocupante e inaceitável que a jornalista que por meio do seu trabalho produziu impactos sociais tão relevantes, seja criminalizada como forma de amedrontar profissionais que ousam denunciar abusos de poder. Essa criminalização reforça silenciamentos para todas as jornalistas que, como ela, não se intimidam diante dos poderes jurídicos, políticos e econômicos”, disse a diretora do Catarinas.

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