O Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina e a Federação Nacional dos Jornalistas repudiam as manifestações antidemocráticas que ocorrem neste momento no país e, principalmente, as agressões e hostilizações contra profissionais de imprensa em pleno exercício de suas funções, por apoiadores do candidato derrotado à Presidência da República.
Nesta terça-feira (01/11), o repórter Stevão Limana e o cinegrafista Lucas Fernandes faziam uma cobertura ao vivo para um programa da NDTV Record TV de Blumenau de um bloqueio na BR 470, quando foram cercados por manifestantes. O grupo tentou impedir os profissionais de realizarem seu trabalho. Aos gritos, um deles ordena: “Não filma, apaga tudo aí”. E além de ameaçar quebrar a câmera, ameaçaram a integridade física dos profissionais.
Em outro ponto, o jornalista Jotaan Silva, que fazia a cobertura para o jornal O Município Blumenau, também foi hostilizado por um agressor quando mostrava ao vivo a ação da Polícia Militar no bloqueio realizado em uma rua da cidade. “Sem vergonha”, “comprado”, “mentiroso”, “covarde”, foram algumas das palavras desferidas ao jornalista por um manifestante.
Também na BR 101, próximo a uma loja da Havan, no município de Palhoça, uma equipe do ND+ foi expulsa do local por manifestantes. Demais profissionais da imprensa também foram impedidos de se aproximarem do local de concentração e foram atacados diversas vezes nos discursos das lideranças do movimento. O repórter Osvaldo Sagaz registrou Boletim de Ocorrência.
Tais atos configuram inequívocas agressões à liberdade de imprensa. O SJSC e a FENAJ solidarizam-se com os colegas submetidos a estas barbáries, exigem das autoridades competentes a identificação e punição dos agressores e reafirmam o compromisso dos jornalistas catarinenses e brasileiros com a democracia.
Florianópolis, 1º de novembro de 2022.
Diretorias do SJSC e da FENAJ