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Blogueiro vaza documentos que ligam Rede Globo a máfia da FIFA

O Blog O Cafezinho, editado pelo jornalista Miguel do Rosário, vazou no último dia 30 documentos que ligam a Rede Globo à máfia de cartolas e dirigentes esportivos presos pelo FBI na última semana. Segundo Rosário, os documentos revelam relações comerciais íntimas, societárias, entre a Globo e J. Hawilla, um dos réus confessos no escândalo de corrupção da Fifa. Leia a íntegra abaixo.

Por Miguel do Rosário

O Cafezinho teve acesso, com exclusividade, a documentos que ilustram as relações comerciais íntimas, societárias, entre a Globo e J. Hawilla, o bandidão confesso preso pelo FBI no recente escândalo de corrupção da Fifa.

Os nomes da família global são João Roberto Marinho e Flávia Daudt Marinho, filha de José Roberto Marinho.

Os irmãos Marinho tem usado seus filhos para burlar o decreto lei 236, que limita o número de emissoras em mãos de um proprietário.

A própria Traffic, empresa diretamente ligada aos esquemas de corrupção da Fifa, traz fortes ligações com a Globo, na pessoa de José Geraldo Góes, um dos sócios da Traffic.

Góes aparece em todas as listas de membros societários nas empresas onde os J. Hawilla (ele ou seus filhos) tem participação, incluindo a TV Aliança Paulista e TV Bauru, da qual os Marinho também são sócios.

As tvs dos Hawilla em São Paulo retransmitem o sinal da Globo. São duplamente, portanto, controladas pela Globo: via conteúdo, que é dela, e via participação societária.

A TV Tem, também do interior de São Paulo, reúne a turma toda na lista de sócios: João Roberto Marinho, dois filhos de J.Hawilla, o onipresente José Geraldo Góes, e a empresa Bonanza.

As empresas Bonanza e Lunar aparecem sempre associadas aos Marinho; são usadas para controlar afiliadas da Globo no interior de São Paulo.

José Geraldo Góes é também presidente do Desportivo, um clube de futebol administrado pela Traffic.

Quer dizer, não só administrado. O Traffic é dono do Desportivo, através da empresa T Desenvolvimento, que possui uma participação na sociedade no valor de R$ 102 milhões.

Sempre que você olha para as empresas de J. Hawilla, esbarra com o nome de José Geraldo Góes, em posição superior, como diretor, secretário ou acionista. Góes também é sócio de várias tvs controladas pela Globo.

A mídia não vai investigar isso? Não vai sequer dar a informação de que os Hawilla e os Marinho são sócios diretos em várias empresas no Brasil?

E que, através de Góes, todos eles, Hawilla e Marinho também tem ligações uns com outros em paraísos fiscais?

Ou será que a mídia brasileira continuará insistindo em qualquer factóide barato contra o PT, inventado às pressas, em conluio com setores políticos da PF, para abafar investigações que liguem Hawilla aos negócios da Globo?

Há muitos detalhes picantes e mal explicados. Por exemplo, José Geraldo Góes, que nessa história toda aparece como um laranja oficial de todos esses empreendimentos, é sócio da Continental Sports Marketing, com sede nas ilhas Cayman, uma das empresas que aparecem como sócias da Traffic.

Aliás, é incrível a velocidade como as empresas da Globo vivem mudando seus quadros, fundindo-se, mudando de nome, transferindo valores para outras, sempre com intuito de não pagar impostos.

É preciso entender uma coisa: o poder da Globo, que é excessivo e prejudica a democracia, além de ter nascido de uma ditadura, tem como principal fonte de renda o futebol brasileiro, que a emissora vampiriza há décadas.

Os clubes ficam cada vez mais endividados, e a Globo cada vez mais rica. A cartolagem de José Maria Marin, Ricardo Teixeira, J. Hawilla, entre outros, responde por essa situação. São todos aliados da Globo.

O esporte que os brasileiros mais amam é exibido em horários antipáticos ao trabalhador, porque a Globo não quer perder audiência de suas novelas.

E ainda temos o esquema de venda de jogadores, outro negócio milionário explorado por Hawilla e, portanto, também pela Globo.

Não podemos esquecer que o esquema de sonegação da Globo nas Ilhas Virgens Britâncias, que lhe valeu multa de R$ 615 milhões da Receita Federal (a qual até agora a Globo não provou que pagou), envolveu também o futebol. A emissora tentou comprar, sem pagar impostos, os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.

Esses direitos de transmissão são o núcleo da corrupção da Fifa.

Tem mais: nos documentos que vazamos, contendo o processo de sonegação da Globo, há listas com as transferências milionárias da Globo para o clube dos 13, que durante anos controlou os direitos de transmissão dos campeonatos brasileiros. São valores impressionantes, bem maiores, inclusive, que aqueles relacionados à Copa do Mundo, mostrando a importância essencial do futebol para o orçamento da Globo. Procurem lá.

Mas sobre isso falaremos depois.

Essa história espalha pontas incandescentes de manipulação, corrupção, sonegação, para todos os lados. Todos vão tem que ajudar a examinar esses documentos e entendê-los, já que a Polícia Federal do Zé está ocupada demais fabricando factoides anti-PT para a Globo…

Confira os documentos aqui.

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