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Federação Nacional dos Jornalistas completa 67 anos de lutas nesta sexta-feira

fenaj_brasil_internaA Federação Nacional dos Jornalistas completa 67 anos de existência neste dia 20 de setembro. É uma história repleta de luta, dedicação e abnegação por parte de suas direções, com o apoio dos 31 Sindicatos de Jornalistas do país que efetivamente compõem a FENAJ. Gerações de militantes, simpatizantes e aliados atribuíram à Federação uma dimensão única no cenário sindical internacional e um papel singular entre as federações de trabalhadores brasileiros.

A essência do Jornalismo é a apuração dos fatos e a liberdade para informar. E a liberdade é condição fundamental para a democracia. Fiéis a tais princípios, os jornalistas brasileiros cumpriram papel decisivo no combate à ditadura imposta em solo nacional. Ainda no mais recente período ditatorial do país, os jornalistas e sua Federação combateram a legislação autoritária que sufocava o movimento sindical e a FENAJ foi a primeira federação a realizar eleição direta para sua direção.

Cumprindo seu papel, a FENAJ participou decisivamente de grandes eventos políticos nestas décadas todas. Empunhou bandeiras como a da Anistia, da fundação de uma central sindical independente de patrões e governos, das Diretas Já e do Fora Collor. Disputou posição no debate que envolveu a Constituinte após a redemocratização, inaugurando a luta pela democratização da comunicação ao apresentar a “Proposta dos Jornalistas à Sociedade Brasileira” que fundou o Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação. Contribuiu de maneira inédita entre as profissões no Brasil para a formação acadêmica ao também elaborar o “Programa de Estímulo à Qualidade do Ensino do Jornalismo”. Incidiu de maneira protagonista no cenário internacional do campo jornalístico e da área da comunicação, fazendo transitar conceitos e práticas brasileiras, tais como a formação superior e exigência do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão e a assessoria de imprensa como prerrogativa do jornalismo.

A FENAJ articulou, em todos estes anos, os Sindicatos dos Jornalistas em diversas lutas. Pautou o projeto de lei para um piso nacional e conduziu o debate sobre direito autoral. Defendeu as liberdades de imprensa e de expressão, denunciando seus agressores. Combateu a Lei de Imprensa e contribuiu decisivamente para a elaboração de uma proposta de nova e democrática Lei de Imprensa que inexplicavelmente o Congresso Nacional insiste em não votar.

Atendendo à reivindicação histórica dos jornalistas, a FENAJ construiu o anteprojeto de lei do Conselho Federal de Jornalistas (CFJ) – do qual não desistimos – que foi duramente combatido pelas grandes empresas de comunicação e retirado de tramitação no Congresso Nacional pelo governo federal. Comprometida irrenunciavelmente com a luta pela democratização da comunicação, a FENAJ cumpriu destacado papel para assegurar a realização da I CONFECOM e busca a conquista de um novo marco regulatório para a comunicação no Brasil.

O combate à violência contra os jornalistas também está na agenda da Federação. Como ações preferenciais, além das denúncias de cada caso, a FENAJ apoia o projeto de federalização das investigações dos crimes contra jornalistas. Também propôs à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República a criação de um Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas e outros Profissionais da Comunicação.

Enfim, a Federação Nacional dos Jornalistas tem sido uma trincheira, muitas vezes solitária, na defesa dos interesses dos jornalistas, sem ignorar seu papel de defesa da sociedade. Adotou, nos últimos anos, a consigna “em defesa do jornalismo, em defesa dos jornalistas” por compreender que esta atividade possui uma função social insubstituível e tem o jornalista como seu realizador exclusivo.

Nestas quase sete décadas, a sociedade brasileira amadureceu, as tecnologias mudaram de maneira vertiginosa, a democracia evoluiu no país e o jornalismo consolidou-se como um dos sustentáculos mais importantes para a esfera pública. As relações sociais se tornaram mais complexas, a comunicação interpessoal mais ativa, rápida e intensa, e o jornalista continua sendo o profissional que, a partir de um exclusivo contrato ético com a sociedade, tem a obrigação de fazer os relatos de interesse público a partir do compromisso com a verdade.

Por isso, nestes 67 anos de existência, a FENAJ renova seu compromisso social com a democracia, com as liberdades de expressão e imprensa e com todas as lutas que elevem a condição humana a patamares mais dignos. Por outro lado, reafirma sua natureza sindical de luta intransigente em defesa da vida, do trabalho e da liberdade e autonomia dos jornalistas brasileiros.

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