0,00 BRL

Nenhum produto no carrinho.

Lages realiza a 1ª Oficina Regional Pró-Conferência de Comunicação


Um dos assuntos de destaque da primeira Oficina Regional Pró-Conferência de Comunicação realizada no auditório da Amures, na última sexta-feira (14/08), foi sem dúvida o das concessões de rádio e televisão, além do tema democratização da comunicação. O diretor Iran Rosa de Moraes representou o SJSC no debate.

Palestrante do seminário, o professor da disciplina de Políticas da Comunicação, do curso de Jornalismo da UFSC, Carlos Locateli, disse que gostaria que fossem revistas as concessões das rádios e televisões, pois em muitos casos os donos dessas concessões são meramente laranjas. “O mercado brasileiro é muito fechado, são apenas 10 grupos que praticamente dominam a distribuição do que vai ser comunicado. A gente tende a entender o sistema que se configura atualmente como natural, mas ele foi construído historicamente”, avalia.

O professor destaca ainda que o espírito da democratização da comunicação é o de ouvir o outro e a partir disso desenvolver a capacidade de formulações. Esse movimento só funciona se você conquista avanços. Neste contexto a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom – marcada para o final do ano, em Brasília), não é o fim de nada, mas um degrau a ser alcançado. “O direito à comunicação pertence a todos nós, e não é o direito à livre expressão, onde cada um fala o que quer como está centrado o discurso atual. É o direito a ter informação, que é por onde passa o viés da democratização. Debater sobre este assunto é um direito dos cidadãos, até porque a comunicação está presente na vida de todos, e a televisão é um dos meios de comunicação que mais está presente na casa dos brasileiros”, diz.

Locateli acrescenta que “a questão da comunicação tramita nas discussões do congresso, ou então em pequenos grupos isolados, nunca foi um objeto extenso a toda a comunidade. E hoje estamos em uma “encruzilhada histórica” porque essa conferência foi chamada no fim de um mandato de governo devido ao fato do mercado não conseguir se resolver. Então a sociedade se envolve nesse processo, ou o mercado se une e faz o que bem entende”.

Por sua vez, a jornalista Vera Gaspareto, da comissão organizadora da Conferência Estadual, destacou que a ideia é partir do local para o global, promovendo uma mobilização social ampla em torno da Confecom. “Um dos desafios que encontramos hoje é a institucionalização da conferência, no sentido de organizar para que seja viável, pois não existe um interesse, por parte de alguns, que a Confecom aconteça”, disse.

“Além das conferências regionais e estaduais, podem ser feitas conferências virtuais ou em outros espaços que fomentem esta discussão e através de uma ponte com a comissão regional essas discussões e possíveis encaminhamentos podem ser incorporados à conferência estadual, pois agora é tempo de mobilização”, ressalta Vera. “Atualmente os fatos só existem se são veiculados por determinadas emissoras e este sistema de comunicação brasileiro atual sustenta o sistema político e econômico”, disse Vera Gasparetto ao contextualizar a questão da necessidade da democratização da Comunicação.

Foto: Robinson Spuldaro

Matérias semelhantes

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais lidas