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SJSC destaca reivindicações dos jornalistas em manifestação pública

Apoiando o ato por um transporte público de qualidade em Florianópolis, nesta quinta-feira (20), o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina também denuncia a postura dos donos de jornais de embarrigarem as negociações e se negarem a conceder aumento salarial para a categoria.

Mesmo com dados conjunturais positivos, como o incremento médio de 7% em veiculações publicitárias no setor de impressos em 2012 (em mídias eletrônicas o desempenho foi bem melhor), o exemplar balanço da RBS, com 22% de lucro sobre a receita líquida nos últimos 2 anos (R$ 212 milhões), e ainda sendo beneficiados com a inclusão na redução fiscal para desoneração da folha de pagamento definida na Medida Provisória 612, os empresários de jornais e revistas de SC insistem em propor aumento ZERO para os jornalistas. Resumem-se a conceder o reajuste da inflação, não respondem ao conjunto das reivindicações e boicotaram duas rodadas de negociação.

A direção da RBS, dando uma de empresa boazinha e escamoteando sua prática antissindical, lançou comunicado aos seus funcionários, num ato de total desrespeito aos jornalistas, na tentativa de dividir a categoria e enfraquecer a campanha de negociação coletiva:

“Caro colaborador, Em razão de impasse nas negociações entre o Sindicado dos Jornalistas SC e o Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas SC, o Grupo RBS decidiu antecipar o reajuste salarial para a categoria Jornalistas SC no valor de 7,16%, índice que corresponde ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) revisado do período (1º de maio de 2012 a 30 de abril de 2013). O reajuste, retroativo ao mês de maio, será efetivado na folha de junho, com pagamento em 5 de julho. Entendendo a morosidade conhecida dessas negociações sindicais, a RBS assume esse gesto de pró-atividade com o objetivo de não prejudicar os colaboradores durante o período. Comissão de Negociação RBS”.

Só faltou assumir que é a representação patronal que está causando o impasse com sua postura intransigente de não conceder aumento real e de não tratar das demais reivindicações da categoria. Faltou, também, a “pró-atividade” de dizer que quem provoca a “morosidade conhecida dessas negociações sindicais” são os patrões.

É preciso que os jornalistas “ajudem” os patrões a refletirem melhor e demonstrarem que estão realmente dispostos a negociar. Por isso, o SJSC lança a “Operação Reflexão” e conta com o envolvimento da categoria. A primeira orientação é para que todos denunciem, nas redes sociais, a intransigência patronal.

Entre as outras etapas da Operação estão contatos com anunciantes, solicitação de pronunciamentos de parlamentares e manifestações públicas em defesa da valorização do trabalho dos jornalistas em outras cidades como Lages, Brusque, Blumenau, Joinville, Criciúma e Chapecó. “Num momento em que as manifestações tomam conta das ruas, não podemos nos omitir diante deste cenário de exploração, baixos salários, demissões e precarização crescente nas empresas de comunicação”, sustenta o presidente do SJSC, Valmor Fritsche.

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