0,00 BRL

Nenhum produto no carrinho.

RBS está entre as principais empresas acusadas de negociar propina no Carf

Se não bastasse a saia justa dos empresários de comunicação brasileiros suspeitos de remessa ilegal para contas na Suíça, as investigações sobre empresas envolvidas em falcatruas para reduzir ou zerar débitos com a Receita Federal caíram como uma bomba no meio jornalístico e nas redes sociais. Envolvida no olho do furação, a Rede Brasil Sul de Comunicação é apontada como um das empresas com mais fortes indícios de irregularidades.

 Alguns dos veículos mais empenhados em assumir uma postura moralista em relação a escândalos de corrupção tiveram seus dirigentes e familiares envolvidos em denúncias neste início de 2015. Na escandalosa lista do “SwissLeaks” constam os nomes de de 8.667 brasileiros que tinham contas numeradas no HSBC da Suíça entre 2006 e 2007. Proprietários de 22 grupos de comunicação (Grupo Globo, Folha/UOL, Rede Bandeirantes, Gazeta Mercantil, Sistema Verdes Mares, Rede CBS de Rádios, Rádios Curitiba Ouro Verde FM, Grupo João Santos, Grupo Manchete, Rede Massa e Rede Transamérica, entre outros) estão na lista, são suspeitos de sonegação fiscal e alvos de investigações da Polícia Federal, Ministério Público Federal e de uma CPI instalada pelo Senado no dia 24 de março.

 Outro petardo, mais recente, são os 74 processos que estão na mira da Operação Zelotes, deflagrada na semana passada pela Polícia Federal para apurar o envolvimento de empresas no esquema de compra de sentenças do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), responsável pelo julgamento de recursos de contribuintes autuados pela Receita Federal. Para a PF, o rombo nos cofres públicos pode chegar a R$ 19 bilhões.

 Segundo a Folha de São Paulo, entre os 12 casos que os investigadores consideram ter indícios mais consistentes estão processos do Grupos RBS. O Grupo presidido por Eduardo Sirotsky e afiliado da Rede Globo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que também assume uma postura moralista e “acima de qualquer suspeita” em seus editoriais e por meio de seus articulistas, é suspeito de pagar R$ 15 milhões para obter redução de débito fiscal de R$ 150 milhões. Estima-se que a RBS deve cerca de R$ 672 milhões à Receita Federal. E o mais perverso é que uma empresa que teria deixado de pagar 150 milhões em impostos e que se beneficia de medidas federais para desoneração de folha de pagamento submete seus empregados a clima de terror, jornadas abusivas e salários aviltantes, além de ter promovido, em agosto passado, um processo de demissão em massa de 130 trabalhadores.

 Em nota oficial divulgada no dia 29 de março, o Grupo RBS, que diz seguir “os mais elevados padrões de governança corporativa”, disse desconhecer a investigação, negou “qualquer irregularidade” em suas relações com a Receita Federal e afirmou confiar  na atuação das instituições responsáveis pela apuração para o devido esclarecimento dos fatos.

Matérias semelhantes

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais lidas